Um vídeo sobre a cividade para que possam conhecer a mesma:

http://www.youtube.com/watch?v=F9v6y2Db_d8
Introdução:

A Cividade de Terroso é uma povoação dos
tempos dos povos celtas, localizada na
Póvoa de Varzim, em Terroso que na idade
 media era conhecida por Montis Teroso
Dos povos que lá habitaram tais como os
 fenicios e os cartagineses, os mais populares,
 devido às suas batalhas com os romanos, foram
 os Lusitanos que foram liderados por Viriato.



História

Este povoamento terá sido construído na Idade do Bronze, entre os anos 900 e 800 a.C. Foi descoberta em 1981 por Armando Coelho. Esta cividade faz parte do grupo das mais antigas tal como os castros de Santa Luzia e de Roriz. No castro comercializavam com civilizações do mediterrâneo. No decorrer das guerras púnicas, os Romanos tomaram conhecimento de toda a riqueza em ouro e em estanho. Viriato era o líder destas tribos e impediu o crescimento do Império Romano para cima do rio Douro. No entanto foi morto em 138 a.C.
Mais tarde, depois da morte de Viriato, a cividade foi destruída mas depois foi reconstruída pelos romanos. Os Romanos foram os últimos habitantes na história desta cividade. Depois da morte de Rocha Peixoto, em 1909, algumas das pedras desta cividade foram utilizadas para o pavimento de ruas, principalmente nas ruas Santos Minho e Rua das Hortas.
Sistema Defensivo:


A principal características  e a sua fortificação. Os habitantes da cividade escolheram viver nos montes para se protegerem dos saqueamentos e pilhagens feitas por tribos rivais . A cividade foi feita a 152 metros de altitude.

O sistema defensivo foi melhorado devido ao movimento dos turdulos e dos célticos desde o sul da península ibérica ate ao norte que era onde se situava  a cividade. A população estava rodeada de 3 muralhas  construídas em momentos diferentes  devido ao crescimento da população . As muralhas eram feitas  de grandes blocos sem argamassa e estavam adaptadas ao relevo.
As partes de acesso mais fácil  tinham muralhas altas , largas e resistentes.
Alimentação:

A população vivia principalmente dos proveitos tirados da agricultura, nomeadamente com o cultivo de cereais como o trigo e a cevada, e de leguminosas e a bolota.
O cocheiro encontrado na Cividade mostra que comiam lapa, mexilhão e ouriço do mar crus ou cozidos. Espécies que são ainda hoje bastante comuns. A pesca não deverá ter sido regular, dada a falta de evidências arqueológicas, mas a descoberta de anzóis e pesos de rede revela que já pescavam peixes de tamanho considerável como a Garoupa, o Sardo e o Robalo.
A cevada era cultivada para produzir uma espécie de cerveja, que seria apelidada de zythos. A cerveja era desconsiderada por gregos e romanos que consideravam essa bebida de bárbaros, dado que estavam habituados ao requinte dos vinhos. A bolota era triturada para criar uma espécie de farinha.
A recolecção de plantas selvagens, frutos, sementes e raízes era um complemento para a alimentação. Comendo e recolhendo amoras silvestres, dentes-de-leão, trevos e até algas marinhas. Alguns destes vegetais são ainda usados pela população local.
Cultura:

A população dedicava-se à agricultura de cereais e leguminosas, pesca, recolecção, pastorícia e trabalhavam os metais, os têxteis e a cerâmica. Do interior da Península Ibérica chegaram influências culturais, para além das provenientes do mediterrâneo através dos comércio.
A cultura castreja reconhecida pelos seus povoados amuralhados, com casas circulares no topo de montes e pela sua cerâmica característica e bastante difundida entre eles termina com a aculturação romana e com a movimentação das populações para a planície litoral, onde a forte presença aculturadora dos romanos, a partir de século II a.C., é visível nos vestígios das vilas romanas aí encontradas onde se localiza actualmente a cidade da Póvoa de Varzim (Vila Velha da Póvoa, Alto de Martim Vaz e Junqueira), na freguesia da Estela (Vila Mendo) e junto à Capela de Santo André em Aver-o-Mar.